31 julho 2013

Meu lugar preferido



E quando foi que a magia acabou?
Você que me era tão essencial quanto o ar agora é só mais um.
Queria poder saber porque tudo mudou, ter o poder de conseguir compreender essa confusão aqui dentro.

Eu sei que a maior culpada de tudo fui eu. Seus sentimentos não foram o suficiente para me fazer ficar.
E isso doí, doí toda vez que você simplesmente não fala comigo e eu me sinto a pior pessoa desse mundo por de certa forma fazer mal a alguém como você.

Lembro de quando você me disse uma vez que se não dessemos certo ficaria feliz em ao menos ter minha amizade,ou algo assim.
Mas a teoria sempre é mais fácil que a prática não é mesmo?

Saiba que seu abraço ainda é meu lugar preferido, seu sorriso o único que deixa meu coração descompassado. E só me dei conta disso hoje! Depois da falta enorme que você me fez, e ainda faz.
Mesmo que já seja tarde não deixe de me querer bem, ainda que eu já não seja ninguém.

13 março 2013

Sorrir outra vez.


Na estrada longa e complicada da vida costumávamos caminhar lado a lado, quase como um só.
Quem diria que todo aquele amor se perderia por entre os dias, por entre as horas, por entre os quilômetros...
Os dias que se passaram desde a ultima vez que nos vimos mais se parecem a eternidade. Uma eternidade da qual estamos condenados.
A cada gole de café uma lembrança, mesmo que atualmente elas sejam tão vagas.
De alguma forma sua presença ainda esta aqui, me incomodando e impedindo de seguir em frente com o que quer que seja.
O protagonista dos meus sonhos, se bem que atualmente esta sendo um pesadelo sua presença neles.

Faz tempo desde a ultima vez que ouvi falarem sobre você, talvez as pessoas evitem isso quando estou por perto. Provavelmente por pena, creio que no momento exalo pena.
Pensamentos sobre como e com quem você deve estar nesse momento pairam sobre minha mente, algo constante.
Não tenho mais amigos, ninguém gosta da presença de alguém semi-vivo. Sim semi-vivo, ou talvez semi-morta. Nem com meus pais tenho mantido contado, me isolei do mundo e simplesmente deixei de viver.

Até que naquela madrugada fria e chuvosa o telefone tocou, e apesar da dificuldade de assimilação causada por sono ao reconhecer sua voz gelei por dentro. Um embrulho no estomago quase tão dolorido como um soco. Aquilo parecia um ato de tortura, e eu deveria ser masoquista porque no fundo estava gostando daquilo tudo.
Até que a voz rouca e embargada do outro lado da linha me fez estremecer ao soar em um "Você ainda me ama?"
Pude ouvir um soluço e então as lembranças daquela tarde voltaram com tudo me nocauteando pelas costas.
Porque eu deixei mesmo de viver? Se foi você quem me largou por outra jurando nunca ser capaz de me amar tanto quanto eu te amava.
E foi tão hipócrita dizendo fazer o que fez por não querer me magoar. Me diz como se faz isso já ferindo, já magoando? E a pena que eu sentia de mim naquele momento foi se tornando em fúria  por perceber que tudo aquilo foi mentira.

Eu não poderia estar tão enganada, você não seria capaz de me amar tanto quanto eu te amava porque você já amava mais que isso, e por medo se afastou tentando pagar nossa historia com minhas lagrimas.
Depois dessa sua confissão minha vontade era estar perto de você pra te bater com toda pouca força que eu tinha.
E quando falei antes de desligar, sem despedias, pra você me esquecer e nunca mais voltar a me procurar falei a verdade. Eu sei que algum dia vou matar esse amor em mim, ou apenas esconder bem escondido a ponto de não lembrar que dia o tive.

Anota ai, um dia desses vou sorrir outra vez.


27 fevereiro 2013

E a tempestade continua.




Lembro dos nossos beijos calorosos trocados as escondidas nas madrugadas, debaixo daquelas escadas.
E hoje são apenas lembranças turvas, quase não visíveis feito estrada em dia de tempestade.
Você costumava estar lá, me dar a mão e lembro de sentir-me feliz.
Hora FELICIDADE, palavrinha mais ordinária que já não se faz mais presente.
Eu sigo meus dias, vazios e sem cor pensando em como alguém pode desgraçar outro ser humano assim.
Assim era você, suas inconsequências sempre me completaram, agora me dilaceram.

E a tempestade continua.

Cansei de chorar um rio, de sofrer, mas a dor ainda está aqui em algum lugar, eu sei.
Não, eu não mudaria nada nem pretendo ouvir que você se arrepende.
Tão pouco tenho pressa de curar, não busco um novo amor. Curar sofrimento com futura dor é tolice.
E tola já fui o bastante por todos esses anos.

Posso apostar o que me resta que você compartilha ao menos um pouco de todo esse tormento.
E essa maldita tatuagem aqui, me lembrando todos os meus erros que não são maiores que você.
O maior e mais lindo erro que poderia cometer nessa existência.
Então onde está você que não ao meu lado?

Os dias passam, a horas seguem e a tempestade continua, mas aqui dentro.

01 fevereiro 2013

O cara do ponto de táxi.


Eu o via todas as manhãs ao lado do ponto de táxi.
E todas as manhãs me imaginava ao seu lado, mesmo não o conhecendo. Patético eu sei.
Ele tinha algo que eu não podia simplesmente explicar, não faria o menor sentido.
Aquele ar de mistério que o rondava junto com um ligeiro aroma de tabaco embriagante que me 
nauseava completamente.

Com os olhos incrivelmente verdes sempre voltados para o jornal do dia, algo não muito comum
nos dias de hoje.
Confesso que sentia-me envergonhada já que sempre em minhas mãos estavam meu BlackBerry 
e um enorme copo de café, na muito culto comparado a um jornal ou livro.
E isso era o máximo que eu sabia a respeito dele, tudo muito vago.

E fora assim por meses se tornando quase uma rotina.

Até que um dia pela primeira vez, ele não estava lá.
E a ausência foi se fazendo presente a cada dia mais.

Foi então que minha ficha realmente caiu. Talvez eu não o visse nunca mais e tudo continuaria subentendido.
Ou ele aparecia e então quem sabe finalmente nos falaríamos. Ingenuidade a minha.
Poderíamos até ter algum tipo de relacionamento, mas naquele exato momento a unica certeza que eu
tinha era de que ele já não estava "em minha vida". 


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