13 março 2013

Sorrir outra vez.


Na estrada longa e complicada da vida costumávamos caminhar lado a lado, quase como um só.
Quem diria que todo aquele amor se perderia por entre os dias, por entre as horas, por entre os quilômetros...
Os dias que se passaram desde a ultima vez que nos vimos mais se parecem a eternidade. Uma eternidade da qual estamos condenados.
A cada gole de café uma lembrança, mesmo que atualmente elas sejam tão vagas.
De alguma forma sua presença ainda esta aqui, me incomodando e impedindo de seguir em frente com o que quer que seja.
O protagonista dos meus sonhos, se bem que atualmente esta sendo um pesadelo sua presença neles.

Faz tempo desde a ultima vez que ouvi falarem sobre você, talvez as pessoas evitem isso quando estou por perto. Provavelmente por pena, creio que no momento exalo pena.
Pensamentos sobre como e com quem você deve estar nesse momento pairam sobre minha mente, algo constante.
Não tenho mais amigos, ninguém gosta da presença de alguém semi-vivo. Sim semi-vivo, ou talvez semi-morta. Nem com meus pais tenho mantido contado, me isolei do mundo e simplesmente deixei de viver.

Até que naquela madrugada fria e chuvosa o telefone tocou, e apesar da dificuldade de assimilação causada por sono ao reconhecer sua voz gelei por dentro. Um embrulho no estomago quase tão dolorido como um soco. Aquilo parecia um ato de tortura, e eu deveria ser masoquista porque no fundo estava gostando daquilo tudo.
Até que a voz rouca e embargada do outro lado da linha me fez estremecer ao soar em um "Você ainda me ama?"
Pude ouvir um soluço e então as lembranças daquela tarde voltaram com tudo me nocauteando pelas costas.
Porque eu deixei mesmo de viver? Se foi você quem me largou por outra jurando nunca ser capaz de me amar tanto quanto eu te amava.
E foi tão hipócrita dizendo fazer o que fez por não querer me magoar. Me diz como se faz isso já ferindo, já magoando? E a pena que eu sentia de mim naquele momento foi se tornando em fúria  por perceber que tudo aquilo foi mentira.

Eu não poderia estar tão enganada, você não seria capaz de me amar tanto quanto eu te amava porque você já amava mais que isso, e por medo se afastou tentando pagar nossa historia com minhas lagrimas.
Depois dessa sua confissão minha vontade era estar perto de você pra te bater com toda pouca força que eu tinha.
E quando falei antes de desligar, sem despedias, pra você me esquecer e nunca mais voltar a me procurar falei a verdade. Eu sei que algum dia vou matar esse amor em mim, ou apenas esconder bem escondido a ponto de não lembrar que dia o tive.

Anota ai, um dia desses vou sorrir outra vez.


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